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Calçado Adequado – Declive Máximo Fisiológico

Artigo publicado na revista da Associação Portuguesa de Podologia’Saúde em Pé’ em abril 2012

Todos os direitos reservados. Não são permitidas cópias ou plágio do artigo, a publicação de excertos ou da totalidade do artigo está legalmente obrigada a identificar os autores.

Autores:

Joana Azevedo1, João Gomes2

1Podologista Grupo Cordeiro Saúde|Responsável Linha Podiátrica Canal Sapo Saúde; linhapodologica@sapo.pt

2Engenheiro Mecânico|Director Coordenador Operações ALD Automotive Portugal|Grupo Societé Générale

Resumo:

A escolha do calçado adequado é muito importante para a saúde do pé e para o bem-estar físico e psíquico do ser humano.

O calçado inadequado é uma das principais causas de dor no pé, do restante membro inferior e coluna vertebral. É também o principal responsável por diversas alterações biomecânicas e por patologias a elas associadas, como entorses e lesões, que não se limitam apenas ao membro inferior.

Este trabalho tem como principal objectivo salientar a importância da escolha de calçado adequado para a preservação da integridade biomecânica do pé, do membro inferior e do organismo em geral. Em complemento realizou-se um estudo para analisar a altura dos saltos e o declive dos pés da amostra em estudo.

 A elaboração deste trabalho centrou-se nos critérios e características de selecção do calçado adequado, na identificação das principais alterações biomecânicas e patologias consequentes do uso de calçado inadequado e na definição dos critérios de selecção da altura do salto, especialmente no calçado feminino.

É do conhecimento geral que a altura do salto é um factor de extrema importância no comportamento biomecânico do pé em cadeia cinética fechada. Por outro lado, somos diariamente confrontados com uma questão que se torna pertinente; ‘qual é a altura do salto mais indicada para cada pessoa?’

Graças à união entre a biomecânica do corpo humano da área da Podologia e a trigonometria, matemática e engenharia, é possível desenvolver uma tabela da variação do declive em função da altura do tacão e do comprimento do pé e assim estabelecer um limite entre o Declive Fisiológico e o Declive Patológico.

O estudo foi baseado numa amostra de 100 pacientes de sexo feminino da Consulta de Podologia da Clínica do Estoril. O tratamento de dados estatísticos incidiu na variação do declive em função da altura do salto e da faixa etária. Através da análise dos dados concluímos que 60% da amostra estudada usa salto adequado para o seu pé e portanto podemos concluir que a maioria da população em estudo apresenta um declive fisiológico.

Concluímos que o declive varia praticamente na proporção directa da variação da altura do salto, uma vez que a média do número de calçado está compreendida num intervalo muito reduzido, entre os números 36 e 38, em qualquer dos escalões etários.

Introdução:

Um estudo norte-americano concluiu que:

Nove em cada dez mulheres usam sapatos demasiado pequenos para os seus pés. [1]

Todos os anos a população feminina mundial perde 44 milhões de dias de trabalho devido a dores causadas pelos saltos altos e sapatos inadequados. [1]

As mulheres têm 4 vezes mais problemas nos pés do que os homens, devido ao calçado inadequado, principalmente, devido ao uso de saltos altos e frentes apertadas. [1]

A indústria do calçado é cada vez mais padronizada, o que inevitavelmente prejudica as capacidades funcionais do pé. Cada pessoa necessita de aconselhamento personalizado para o seu calçado. [2] Mesmo quem não tem patologia de risco ou alterações associadas.

Na hora de escolher o ‘sapato ideal’ para o dia-a-dia e principalmente para quem passa muito tempo em pé ou tem problemas nos pés, devemos compreender e respeitar a máxima: O sapato adapta-se ao pé não é o pé que se adapta ao sapato [3]

É errado comprar um sapato que está justo ou um pouco apertado pensando que passado uns dias já alargou. [4]

O facto de ter alargado com a ajuda do pé significa que o pé esteve comprimido, apertado e em esforço dentro do sapato. O mais certo é ter provocado dor ou incómodo, o que já não é bom. Mas o mais grave é que certamente provocou alterações ou deformações osteo-articulares e/ou musculo-ligamentares que por vezes não são imediatamente visíveis, mas que no futuro podem ter consequências devastadoras para o pé, como os joanetes, os dedos em garra e os calos ou calosidades, entre outras.

Sapatos, meias e ortóteses devem respeitar a biomecânica do pé, favorecer e permitir o arejamento cutâneo, permitir a liberdade dos dedos, evitar o deslizamento do pé para a frente e assegurar a sua estabilidade transversal, evitando desequilíbrios e instabilidade.

Se pensarmos na anatomia, fisiologia e biomecânica do pé, percebemos que o calçado imposto para a vida em sociedade e o caminhar sobre solos artificiais prejudicam as capacidades e propriedades biomecânicas naturais do pé.

Na realidade, um objecto estático como o sapato nunca pode adaptar-se na perfeição a um órgão dinâmico como o pé. Isto resulta numa relação de compromisso com os inevitáveis conflitos que qualquer solução de compromisso acarreta.

O pé é um órgão ancestral que está preparado para caminhar descalço sobre terrenos irregulares e algo adaptáveis às suas curvaturas [5]. Se pensarmos nesta frase, percebemos que caminhar num solo liso e estático como aquele que temos nas cidades e nas nossas casas não é o mais adequado para a grande maioria dos pés adultos.

É por isso que os estudos sobre ergonomia e biomecânica do pé afirmam que: 2 a 3cm de salto é apropriado e até indicado para quase todos os adultos [4], uma vez que contribui para a adaptação do pé ao solo artificial e nada ergonómico dos nossos dias.

Mas será correcto afirmar que um salto entre 2 e 3cm é sempre adequado para todas as pessoas?

Para responder a esta questão foi elaborada uma tabela de variação do declive em função do número do calçado (comprimento do pé) e da altura do tacão, cujos valores devem ser interpretados tendo em conta que o declive máximo fisiológico é de 10 graus[6].

É importante referir que a medida correspondente aos dedos (25% do comprimento total do pé) deve ser desprezada uma vez que o uso de saltos altos coloca os ‘pés permanentemente numa posição flectida, e com os dedos esticados’[7], a fazer um ângulo de 0⁰ com o piso, como demonstra a figura abaixo.

Fonte: Cronin J, Reynolds G. A Scientific Look at the Dangers of High Heels

Critérios básicos de selecção de calçado adequado:

  • Comprar os sapatos ao final do dia, quando o pé está mais dilatado, [4]
  • Escolher o número do sapato, atendendo ao comprimento do pé maior [4] e do dedo mais comprido, que nem sempre é o Hallux,
  • Confirmar o número do calçado frequentemente, pois o pé modifica-se com o passar dos anos, [4] Para isso devemos experimentar o número que pensamos ser adequado bem como o número acima,
  • Dar preferência ao calçado com velcros, fivelas, elásticos ou atacadores que facilitam o ajustamento ou alargamento do sapato mediante as necessidades,
  • Evitar costuras, principalmente a nível digital,
  • Devemos optar por marcas ou modelos de sapatos que já conhecemos, que tenhamos usado ou que sabemos que nos farão sentir bem,
  • Não devemos comprar sapatos apertados e que não ‘encaixem’ ou não se adaptem bem ao pé,
  • Colocar o pé por cima do sapato e, em pé, encaixar o calcanhar. Deve sobrar um espaço entre os dedos  e a ponta do sapato, para que não fique apertado.
  • O pé dentro do sapato deve deslizar um pouco, [4]
  • Devemos experimentar o par de sapatos, caminhando um pouco na loja [4]

Características a ter em conta na escolha do calçado adequado[4] [8]:

  • Pele natural ou couro curtido.
  • Sola amortecedora (borracha/elastómero ou couro, mas este é mais duro e perde-se a propriedade de amortização dos choques) e flexível, mas não demasiado mole para evitar movimentos de torção do pé.
  • Frentes amplas que respeitem a volumetria do pé e dos dedos, para que caibam em toda a sua amplitude e se movam dentro do sapato sem sofrerem apertos e deformações.
  • Contraforte no calcanhar que sustente o calcanhar e impeça a instabilidade do pé (não se recomenda sapatos com contraforte mole no calcanhar).
  • Largura de tacão conveniente ≥ 2cm
  • Altura de salto conveniente entre 2 e 3cm. (?)

A instabilidade do pé aumenta com tacões inferiores a 2cm de largura e com altura superior a 2,5cm. Estes parâmetros influenciam a estabilidade transversal do pé e tornozelo. [3]

Por norma um salto com largura superior a 2cm e altura menor que 5cm não prejudica a fisiologia do pé são ou normal. [3]

Ao interpretarmos estes conceitos podemos questionar se este valor de altura de salto será igual para todas as pessoas.

A partir desta dúvida – Qual a altura máxima de salto capaz de respeitar a fisiologia do pé são? – surgiu o mote para este trabalho.

Sabemos queo Declive Máximo Fisiológico é 10⁰ [6], de forma a não colocar o pé bem como o restante membro inferior e coluna numa posição que possa conduzir a alterações nefastas.

Para respeitar o declive máximo fisiológico e evitar alterações biomecânicas, a altura do tacão não deve exceder um valor limite, que varia em função do comprimento do pé e pode ser encontrado utilizando a função trigonométrica arcotangente, que define o declive em função do comprimento e da altura.

O salto adequado depende do declive máximo fisiológico do pé

O declive é a relação entre o comprimento do pé e a altura do tacão

Função Trigonométrica:

Declive = Arcotangente (Altura/Comprimento)

Nota: Após obtenção dos valores de declive em radianos, convertemos em graus (100 rad = 90⁰)

A partir do estudo da Inclinação Máxima Fisiológica do Pé – Declive – podem estabelecer-se valores de referência para a Altura Máxima Fisiológica do Tacão em função da medida do Comprimento do Pé de cada pessoa.

Através desta relação é possível criar uma tabela que estabelece o declive do sapato (em graus) em função da altura do tacão e do comprimento do pé. Deste modo podemos estudar e dar a conhecer à comunidade científica e podiátrica qual a altura do salto máximo fisiológica para cada pessoa, atendendo ao comprimento de cada pé.

Análise:

Através da análise da tabela, percebemos que o salto máximo fisiológico não é igual para todas as pessoas, pois depende do comprimento do pé de cada uma.

No entanto, é possível estabelecer como critério que o salto deve ser sempre inferior a 5cm (mesmo para comprimentos de pés mais elevados).

De um modo geral podemos dizer que:

  • Se calça entre 35 e o 39 o salto máximo é 3,5cm
  • Se calça entre o 40 e o 42 o salto máximo é 4cm

As medidas acima referidas correspondem às alturas máximas de salto para que não se ultrapasse o declive máximo fisiológico.

No gráfico abaixo podemos identificar o salto máximo fisiológico para cada número de calçado.

Gráfico 1: Obtemos a altura de salto máxima em função do número de calçado para um declive de 10⁰.
– À medida do comprimento total do pé subtraímos 25% correspondente à zona dos dedos, pois não é afectada pela variação do salto (declive 0⁰).
– À altura do tacão subtraimos 0,5cm correspondente à altura da sola do mediopé e antepé (≥ 0,5cm).
– No caso de calçado com sola compensada é necessário retirar o valor da compensação anterior, ao valor da altura do salto.

Alterações Biomecânicas Consequentes do Declive Patológico a nível do Membro Superior:

A principal alteração de um declive do pé superior a 10⁰ a nível do membro superior é o deslocamento no sentido anterior do centro de gravidade, que leva a hiperlordose lombar. O aumento da curvatura lombar no plano sagital está associado a uma anteversão da pelve.

A hiperlordose mantida origina sintomatologia dolorosa a nível da coluna vertebral, sendo as lombalgias as mais frequentes.

Alterações Biomecânicas Consequentes do Declive Patológico a nível do Membro Inferior:

  • Transferência de Carga para a Zona Anterior do Pé
  • Diminuição da Superfície de Apoio / Base de Sustentação
  • Hiperpressão do Antepé
  • Aumento da Instabilidade da Articulação Tibiotársica
  • Encurtamento do Tendão de Aquiles e da Musculatura Posterior da Perna
  • Debilidade das Estruturas Musculo-Ligamentares
  • ‘Sobrecarga nas Articulações dos Joelhos’

 Segundo o Reumatologista António Vilar ‘…Com saltos acima dos 6 cm, caminhamos sempre com os joelhos em flexão, o que sobrecarrega a articulação dos joelhos…’

Principais Patologias Associadas ao uso de Calçado Inadequado:

  • HAV
  • Exostoses Artc MTF (Joanetes 1ª AMTF e 5ª AMTF)
  • Dedos em Garra
  • Supra e Infraduções Digitais
  • Hiperqueratoses, Helomas e Tilomas
  • Onicocriptoses, Onicólises
  • Metatarsalgias
  • Fasceítes Plantares
  • Talalgias: Entesites, Bursites, Síndrome Haglund
  • Entorses (favorecidas pela instabilidade)

 Sinais que indicam conflito entre o pé e o calçado:

  • Dor (metatarsalgias são as mais frequentes), Calor (sensação de queimadura), Eritema
  • Helomas, Tilomas e Hiperqueratoses
  • Onicólise, Onicocriptose, Hematomas Subungueais
  • Fictenas, Hematomas Subcutâneos
  • Atrofia ou Distrofia das unhas
  • Deformações Digitais
  • Entre outras

É de salientar que estas lesões são habitualmente causadas por microtraumatismos de repetição e/ou por calçado apertado e com salto demasiado alto. Também podem ocorrer reacções alérgicas ao material do calçado.

Estudo

Materiais e Métodos:

A amostra foi constituída por 100 pacientes do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 14 e os 92 anos de idade da Consulta de Podologia da Clínica do Estoril.

Foram excluídos da amostra pacientes com idade inferior a 14 anos e pacientes de sexo masculino.

Para a realização das avaliações foi necessário o uso de uma régua para medir a altura do salto do calçado das pacientes e o comprimento dos pés em centímetros.

No caso de calçado com sola compensada é necessário retirar o valor da compensação anterior ao valor altura do salto.

Usou-se uma Tabela de Conversão que relaciona a medida do pé em centímetros com o número de calçado. Para este trabalho escolheu-se a Numeração Europeia.

Legenda: Tabela de conversão Mondopoint

Com o paciente em bipedestação estática, mediu-se com uma régua calibrada em centímetros o comprimento total do pé, desde a extremidade posterior do osso calcâneo até a extremidade distal da falange distal do dedo mais comprido (que nem sempre corresponde ao primeiro dedo).

Através da medição dos pés e dos dedos dos pacientes da amostra determinou-se que cerca 25% do comprimento total do pé corresponde à zona digital, que se mantém paralela ao piso.

Resultados:

Análise e Tratamento de Dados:

No universo estudado o declive varia entre 2⁰ e 30⁰, sendo a altura mínima de tacão 1cm e máxima de 14cm.

Conclusão:

Concluímos que uma vez que a variação do número de calçado se encontra num intervalo limitado e reduzido (35 ao 40) e que por isso, não é muito significativa, o factor determinante é a altura do tacão.

A altura do tacão está intimamente relacionada com o declive do pé e varia na proporção directa deste.

Podemos concluir que sempre que o salto é superior a 5cm, o declive ultrapassa 10⁰ e por isso estamos na presença de um declive patológico, o que se verificou em 40% da amostra estudada, com uma altura de salto média de 7,5cm e um declive médio de 17,5⁰.

As faixas etárias de senhoras analisadas que usam maiores saltos, sujeitando o pé a maior declive, são as correspondentes aos 20-30 anos e aos 50-60 anos, com uma altura de salto média de 6,2cm e 7,0cm, ao que corresponde um declive médio de 14⁰ e de 16⁰, respectivamente.

A percentagem da amostra que utiliza um salto fisiológico corresponde a 60%, com uma altura de salto média de 2,7cm e um declive médio de 6,3⁰.

Assim, tendo em conta que devemos usar um salto que não esteja no limite máximo do desconforto para o organismo, podemos afirmar que para a maioria da população desta amostra o salto ideal varia entre os 2cm e os 4cm, dado que os números de calçado mais frequentes (77%) estão compreendidos entre o 36 e o 38 (Numeração Europeia).

…“As grandes tensões musculares que ocorrem ao andar de saltos altos podem no limite aumentar a probabilidade de lesões por tensão. Numa pessoa que usa saltos a maior parte da semana de trabalho, diz o Dr. Cronin, a posição do pé e da perna nos saltos torna-se a nova posição por defeito para as articulações e estruturas internas. Qualquer alteração desta definição de base diz, como calçar uns Keds ou uns Crocs, constitui um novo ambiente, que pode aumentar o risco de lesão. Há que salientar, diz ele, que no seu estudo os voluntários eram bastante jovens, uma média de 25 anos, o que sugere que não é necessário usar saltos durante muito tempo, ou seja, décadas, até estas adaptações começarem a acontecer. Tente, se possível, reduzir um pouco o calçado muito alto. Usar saltos altos talvez uma ou duas vezes por semana. E se isso não for viável tente tirar os sapatos de salto sempre que possível, por exemplo quando está sentada à secretária. Os sapatos continuam a ser lindos, mesmo aninhados ao lado dos seus pés”… [7]

Nos dias de hoje a moda e o papel activo e cada vez mais importante das mulheres na vida em sociedade levam a escolhas de calçado que podem não ser as mais adequadas.

Ao usarmos permanentemente saltos demasiado altos submetemos o nosso pé a um declive patológico superior ao declive máximo fisiológico de 10⁰. A médio e longo prazo isto irá provocar alterações biomecânicas que se podem tornar irreversíveis.

O papel do Podologista/Podiatra é fundamental para orientar e influenciar os pacientes na escolha do calçado adequado. Desta forma podemos contribuir para minimizar os problemas dos pés dos nossos pacientes e melhorar a sua qualidade de vida.

Se a pressão social sobre o aspecto e tipo de calçado ‘aceitável’ ou bonito para as mulheres e para a vida em sociedade mudasse, haveria muito menos problemas nos pés!

Referências:

[1] feetforlife.org. The Society of Chiropodists and Podiatrists. USA. 2009. FAQs – Feet Stats and Facts. 20/01/2009

[2] Goldcher A Barouk LS. Calcéologie Médicale. Ver Rhum. Sppl Pédagogique. 1998; 65-5966

[3] Goldcher A et Acker D. Peid et Higiène. Encycl Méd Chir. Editions Scientifiques et Médicales. Elsevier SAS, Paris, Podologie 27-140-A-20, 1999, 4p.

[4] Viladot A y colaboradores. Quince lecciones sobre patología del pie, 2ª Ed.. Springer-Verlag Ibérica. Barcelona. 2000: 181-190

[5] Massada, J. O Bipedismo no Homo Sapiens: postura recente. Nova Patologia. Lisboa: Editorial Caminho. SA. 2001

 [6] Barouk LS. La femme et sa Cahussure, Masson 1988: 91-106

[7] Cronin J, Reynolds G. A Scientific Look at the Dangers of High Heels .The Journal of Applied Physiology Musculoskeletal Research Program at Griffith University. Queensland, Australia. 2011

[8] Goldcher A. Manual de Podologia. Masson 1992: 27-31

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