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podologia, podologistas – tratar os seus pés no verão!

No verão os nossos pés andam mais arejados, com calçado aberto e ‘pés descaços’! É bom, é saudável, pois o arejamento dos pés impede os fungos de proliferarem, mas por vezes a pele seca mais e surgem as desidratações intensas (xerose) e as dolorosas e inestéticas gretas, principalmente nos calcanhares.

Um bom cuidado para a pele seca é o uso de esfoliantes, que permitem retirar células mortas e acelerar o turn over (mudança de pele), permitindo uma melhor renovação da pele.

Por outro lado desaconselha-se o uso de limas, lixas e objetos de corte para remover calosidades, pois agridem a pele, criando ciclos viciosos de formação de calosidade.

Sempre que detetar uma calosidade muito dolorosa procure aconselhamento com um podologista, pois pode tratar-se de um papiloma vírus (verruga plantar), que além de muito doloroso, é contagioso, pois trata-se de uma lesão viral, podendo multiplicar-se. Este tipo de lesão requer tratamento adequado pelo que deve recorrer ao podologista ou ao dermatologista.

A esfoliação e um bom queratolítico (creme com função de desfazer as durezas) permitem resolver a maior parte dos problemas de calosidades. O que não se consegue resolver em casa com estes cuidados, pode ser resolvido numa consulta de podologia com o tratamento adequado para o problema.

os cremes queratolíticos ou queratorredutores (que eliminam durezas) podem conter ureia (também chamada de alantoina), ácido salicílico, AHA, palmitil, entre outros.

A vaselina, a glicerina, o óleo de onagra, entre outros, também são bons emolientes e hidratantes. Mas na presença de uma pele com secura extrema (xerose) e com muitas durezas (hiperqueratoses, helomas e tilomas), a vaselina, a glicerina ou o óleo de onagra não são suficientes pelo que é necessário adicionar a estes um queratorregulador. 

A maior parte dos cremes queratorredutores trazem um componente com ação queratorredutora e um componente com ação emoliente.

Uma boa manutenção dos pés em consulta de podologia antes e depois do verão, o cuidado adequado em casa, indicado pelo seu podologista, permite manter o equilíbrio da pele dos seus pés.

Bom verão!!!

Podologia/Podologistas – Factos e curiosidades sobre pés

1. Um adulto dá em média 4000 a 6000 passos por dia, o que equivale a 5 voltas à terra ao longo da sua vida.

2. Entre 75 e 80% da população adulta tem algum problema nos pés.

3. Todos os anos a população feminina perde 44 milhões de dias de trabalho devido a dores nas costas, causadas pelo uso de saltos altos e sapatos inadequados. Na realidade, as mulheres têm cerca de 4 vezes mais problemas nos pés do que os homens, sendo o uso de saltos altos um dos factores que mais contribui para este problema.

4. Sabia que os nossos pés são a zona do corpo com mais glândulas suduríparas por centímetro quadrado? Os pés possuem 250000 glândulas suduríparas que produzem mais de dois decilitros de suor por dia!

5. 20% da população considera os pés a zona menos atraente do seu corpo.

6. Porque é que as mulheres têm mais problemas nos pés do que os homens?

Um estudo americano chamado ‘Se o sapato lhe servir, use-o’ concluiu que 9 em cada 10 mulheres usam sapatos demasiados pequenos para o tamanho dos seus pés e que acima dos 60 anos 70% das mulheres terão problemas osteoarticulares nos seus pés.

À medida que envelhece, os seus pés tendem a alongar e a alargar, mas poucas mulheres gostam de os medir a partir dos 20 anos.

Os problemas nos pés aparecem maioritariamente, aos 40, 50 e 60 anos, no seguimento de décadas de utilização de sapatos mal dimensionados.

Há autores que referem que devemos usar calçado com comprimento, cerca de 2cm mais do que o nosso pé. Desta forma há mais espaço para os dedos e evitam-se as deformações dos mesmos. 

Se a pressão social sobre os aspecto das mulheres e o tipo de sapatos ‘aceitáveis’ mudasse, haveria muito menos problemas nos pés!

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Podologia, Podologistas, Micoses

Alterações da Pele/Prevenção, Diagnóstico e Tratamento das alterações da pele dos pés

A pele é o maior órgão do corpo humano, reveste-o externa (epiderme e derme) e internamente (mucosas), é resistente, flexível e relativamente impermeável, dotada de uma grande capacidade de auto-reparação.

Das suas funções destaca-se a aparência (forma e relação com o exterior) e a protecção (defesa).

Existem muitas lesões e alterações que podem afectar a pele, podemos destacar algumas, tais como:

     Manchas ou máculas

     Pápulas, nódulos, tumores

     Vesículas, bolhas, pústulas

     Nevos ou sinais

     Escamas, crostas, escoriações, gretas, ulceração, cicatriz

     Necrose, gangrena

     Verrugas

     Espessamentos (calosidades)

     Pele seca

     Micoses

     Excessos de transpiração

     Mau cheiro

     …

A manutenção da higiene da pele é extremamente importante para a manutenção da sua integridade.

A higiene diária e a escolha de roupa e calçado adequados são fundamentais para a saúde da pele.

Observar diariamente os seus pés e algumas alterações da pele como sinais ou manchas é um hábito essencial para prevenir o aparecimento de lesões complicadas.

Os cuidados diários permanentes e a visita regular ao seu Dermatologista, contribuem para a saúde e integridade da sua pele.

Micoses

As micoses são uma das alterações mais frequentes da pele, podem aparecer na pele e nas unhas e podem ter diferentes formas, aspectos ou sintomas.

Os fungos são os seres causadores das micoses e são os responsáveis pelos maus cheiros, comichões e outros sinais e sintomas característicos das micoses.

Existem mais de 100.000 espécies de fungos, destas cerca de 150 trazem malefícios para o Homem e animais.

Mas nem tudo é prejudicial no mundo dos fungos, na realidade são muito úteis em numerosos processos de fabricação de pão, cervejas, vinhos e determinados tipos de queijo.

Também são usados na produção de medicamentos (antibióticos e imunosupressores) e são responsáveis pela decomposição de matéria orgânica.

Das muitas formas de fungos destacam-se os dermatófitos e as leveduras, por serem dos que mais frequentemente causam malefícios para o Homem.

Os dermatófitos são responsáveis por micoses como o pé-de-atleta e tinhas (dermatofitias). As leveduras são a causa de candidiase.

Tratam-se de micoses superficiais, sendo que as primeiras (pé-de-atleta e tinhas) raramente invadem camadas mais profundas do corpo. A candidiase pode invadir camadas profundas do corpo e em casos cronicidade arrastada pode ser bastante grave.

É importante perceber que alguns dos fungos que aqui se falam vivem na superfície da nossa pele e habitualmente não provocam doenças em indivíduos física e psicologicamente saudáveis. Tornam-se oportunistas e causam doença quando o indivíduo se encontra imunodeprimido ou doente e portanto mais vulnerável.

Então qual é a melhor forma de prevenir as micoses nos pés?

Se tivermos em conta o que foi dito anteriormente é fácil perceber que um corpo e mente saudáveis são os principais segredos para que tudo esteja bem com o nosso corpo e consequentemente com os nossos pés.

Contudo existem hábitos que devem fazer parte do nosso dia a dia para prevenir o aparecimento das micoses:

     Lave os pés todos os dias, com água e sabão neutro;

     Seque cuidadosamente os pés e os espaços entre os dedos, sem esfregar ou irritar a pele;

     Observe diariamente os pés para detectar precocemente alguma alteração da pele e unhas;

     Use meias com mais de 90% de fibras naturais (como algodão);

     Troque de meias todos os dias (se sofre de hiperhidrose – excesso de transpiração, deve trocar de meias mais do que uma vez por dia para manter o pé seco);

     Alterne o calçado, para que estejam bem secos e arejados quando os calçar novamente;

     Use sapatos confortáveis (amplos e 1 a 2cm maiores do que o pé);

     Se possível use um aparelho de esterilização de calçado, para eliminar eficazmente, fungos, bactérias e vírus; bem como a humidade e o mau cheiro do calçado. Estes aparelhos são extremamente úteis pois evitam que o calçado continue a ser um foco de contágio permanente;

     Não calce meias ou sapatos de outras pessoas, especialmente se sabe que tem micose;

     Nunca ande descalço em piscinas ou balneários públicos (e evite as águas paradas à volta das piscinas e lava pés);

     Se transpira muito dos pés, use um pó, gel, creme, bálsamos, espuma ou spray que controle a transpiração, este poderá ser aconselhado pelo seu podologista, para que seja adequado ao seu caso;

     Não trate as suas próprias calosidades, procure um podologista, para que possa receber o tratamento adequado;

     Aplique diariamente um creme hidratante, tendo cuidado de não humedecer demasiado os espaços entre os dedos (após a aplicação do creme deve retirar o excesso entre os dedos com papel ou toalha seca) ;

     Corte as unhas de forma recta para evitar que encravem;

     Sempre que observar alguma alteração ou sentir dor, mal estar ou comichões nos pés procure um Podologista;

     Pratique exercício físico e não fume, são dois dos principais contributos para uma vida saudável e consequentemente para um corpo e pés saudáveis;

     Consulte um Podologista periodicamente, lembre-se que o melhor tratamento é a prevenção.

Resumidamente podemos dizer que bons cuidados de higiene com os pés e hábitos de vida saudáveis são os principais parâmetros para eliminar os factores desencadeantes das micoses.

Onde se encontram os fungos?

Os fungos encontram-se em diferentes locais, como o solo, a água, o ar, as plantas, e os animais.

É frequente existirem fungos capazes de provocarem micoses no Homem na terra de jardins, em locais onde se encontram animais ou nos seus detritos, pavimentos de balneários e piscinas, sapatos e vestuário e na areia das praias (onde sobrevivem até 6 meses).

A luz solar, temperaturas elevadas e a secura têm uma acção esterelizante, nestas condições, dificilmente os fungos se multiplicam.

Em conclusão pode-se afirmar que o solo é o principal reservatório de fungos patogénicos (capazes de causar malefícios para o Homem). Raramente se encontram fungos patogénicos nas plantas.

Como se “apanha” uma micose?

O habitat natural da maioria dos fungos é o solo e a principal fonte de contágio é o ar, através da inalação dos esporos dos fungos que se encontram em suspensão no ar.

Alguns fungos entram no corpo através de feridas provocadas por plantas com espinhos e por estrume.

As micoses também podem ser transmitidas de Homem a Homem ou por contacto com objectos contaminados.

Os fungos que habitam a superfície da nossa pele e que habitualmente não são causadores de doenças podem em determinadas situações provocar doenças, quando as condições são propícias ao seu desenvolvimento. Estas situações estão muitas vezes relacionadas com alterações do estado de saúde normal do indivíduo.

As micoses são contagiosas?

Sim. Na realidade as micoses são contagiosas, podendo ser transmitidas de Homem a Homem – transmissão directa – e podem também, ser transmitidas através de objectos e ou meios contaminados.

E como tratar uma micose nos pés?

Como já foi dito a higiene cuidada, os hábitos de vida saudáveis e o controlo da humidade dos pés são essenciais para a prevenção e tratamento das micoses nos pés.

Contudo, perante uma micose já instalada estes cuidados não são suficientes. É necessário, recorrer à ajuda especializada do seu Podologista, para que lhe indique qual a terapêutica e cuidados necessários.

É preciso ter em conta que cada caso é um caso e só um especialista pode indicar o que é melhor para o seu tratamento.

Ficam apenas alguns conselhos básicos, que fazem parte de um plano de tratamento de dermatómicose do pé:

     Utilize sempre uma toalha somente para os pés;

     Seque cuidadosamente os pés especialmente entre os dedos

     Siga correctamente o tratamento indicado pelo seu Podologista;

     Evite frequentar balneários e piscinas (principalmente, na fase aguda, quando existem vesículas e prurido), mas se for o caso utilize sempre chinelos, para evitar ser um foco de contágio para outras pessoas;

     Utilize sempre meias limpas de fibras naturais;

     Mantenha os pés sempre secos e areje sempre o calçado;

     Se a micose se encontra nas unhas – onicomicose – deverá realizar consultas periódicas de Podologia, afim de receber o tratamento adequado de limpeza das unhas, para optimizar o tratamento tópico domiciliário e conseguir tratar mais rapidamente o seu problema.

Fonte: Joana Azevedo com excertos de Atlas de Dermatologia, Histopatologia da Pele, apontamentos aulas Dermatologia, Micologia, Patologia Clínica e Farmacologia

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Podologia, Podologistas / Podiatra. Hiperhidrose / Excesso de transpiração – Bromohidrose / Mau cheiro

Relembro uma questão pertinente que me colocou uma utilizadora da linha podológica, há uns anos atráz, que completo com informação atualizada aos dias de hoje! 

Pergunta: Com o tempo quente sinto os pés muito cansados, o que devo fazer para me sintir mais confortavel? Também suo muito dos pés?

 Resposta:

O calor e transpiração podem ser combatidos através do uso de sapatos amplos, confortáveis e de materiais naturais como o couro, por exemplo.

É muito importante que alterne diariamente de calçado, para que este areje e seque impedindo a instalação de microorganismos patogénicos, nomeadamente fungos.

Não é necessário ter muitos pares de sapatos, bastam 2 ou 3 para podermos alternar, mas se tem mais, melhor, pois o sapato areja mais se o usar espaçadamente.

Se usa exclusivamente um modelo (como as pessoas que por vezes têm de recorrer a calçado feito à medida ou calçado ortopédico e acabam por ter apenas um modelo que se adapta melhor às suas necessidades), pode optar por ter 2 pares iguais (ou mais) e pode alternar o calçado, mantendo a higiene e o arejamento do calçado adequados.

No final do banho deve ter o cuidado de secar muito bem os pés e os espaços entre os dedos, para evitar que a humidade que fica no pé se instale no calçado e mantenha o pé o húmido dentro do sapato, o que provoca a possibilidade de se instalarem fungos e uma sensação muito desconfortável.

O uso de meias de fibras naturais (algodão ou lã) é muito importante. Ao contrário do que se possa pensar, permite a manutenção da secura do pé, uma vez que absorve a humidade da transpiração e desta forma mantem o pé seco e confortável, impedindo também a sensação de queimadura dos pés.

O recurso a pós e/ou sprays apropriados que se encontram à venda em farmácias (ou que podem ser aconselhados pelo seu podologista, em fórmulas magistrais), são muitas vezes eficazes para controlar este tipo de situações, pois são desodorizantes e refrescantes e actualmente existem alternativas seguras aos antitranspirantes, uma vez que podemos encontrar desodorizantes e refrescantes sem alumínio e outros apenas com componentes naturais, o que os torna seguros para praticamente toda a população.

Já existem aparelhos de esterilização de calçado que também permitem manter a higiene e o calçado livres de fungos, bactérias e vírus e mantém o calçado seco e sem cheiros, (mas lembre-se que não substituem os cuidados anteriormente descritos).

Se mesmo assim as alterações persistirem aconselho-a a procurar um podologista.

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Podologia, Podologistas , Podiatras, Fasceíte Plantar

DOR NO CALCANHAR OCORRE COM FREQUÊNCIA NO PÉ (O QUE É FASCÍTE PLANTAR?)

Geralmente é sentida como uma dor intensa ao pisar com o calcanhar afetado.
Dor no calcanhar que aparece gradualmente e piora com o tempo. … Na maioria dos casos, apenas um pé é afetado, embora as estimativas sugerem que cerca de um terço das pessoas têm dor em ambos os calcanhares.
A dor é geralmente pior no início da manhã, ou no primeiro passo após um período de inatividade. Depois de andar por um tempo a dor geralmente melhora, mas muitas vezes piora depois de caminhar ou após muito tempo em pé.
O que causa dor no calcanhar?
A maioria dos casos de dor no calcanhar são causados quando uma estrutura do pé, conhecida como fáscia plantar, é lesionada. FASCITE PLANTAR é o termo médico para inflamação da fáscia plantar.
 
A fáscia plantar é uma estrutura resistente e flexível de tecido que se localiza na planta do pé. Ela conecta o osso do calcanhar com os ossos do pé, e atua como uma espécie de amortecedor para o pé. Danos súbitos ou danos que ocorram ao longo de muitos meses ou anos, podem causar pequenas fissuras dentro do tecido da fáscia plantar, levando à lesão e inflamação da fáscia plantar, resultando em dor no calcanhar. O tecido ao redor e o osso do calcanhar (calcâneo) também podem inflamar. Uma fasceíte crónica poderá originar um esporão de calcâneo.
Como tratar a dor no calcanhar
Há uma série de tratamentos que podem ajudar a aliviar a dor no calcanhar e acelerar a sua recuperação:
– repouso para o calcanhar

– tentar evitar andar longas distâncias ou ficar em pé por longos períodos

– alongamentos regulares

– alongar os músculos da perna (Triceps sural: gémeos e sulear) e da fáscia plantar

– alívio da dor

– aplicação de gelo sobre o calcanhar afetado e tomar analgésicos, tais como medicamentos anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs)

– uso de calçados bem ajustados com bom apoio e amortecedor para o pé

– tênis de corrida são particularmente úteis

– o uso de tratamento ortopodológico (ortóteses plantares personalizadas e podológicas). 
Cerca de quatro em cada cinco casos de dor no calcanhar são solucionados em apenas um ano. No entanto, ter dor no calcanhar por este período de tempo muitas vezes pode ser demasiado limitador e doloroso. Cerca de um em cada 20 casos clínicos de fasceíte plantar, apresenta resistência ao tratamento, sendo os tratamentos indicados insuficientes e a cirurgia pode ser recomendada para libertação/alongamento da fáscia plantar.
Como prevenir a dor no calcanhar
O excesso de peso pode colocar excesso de pressão sobre os pés, principalmente nos calcanhares. Perder peso e manter o peso saudável, combinando exercícios regulares com uma dieta saudável e equilibrada pode ser benéfico para os seus pés. Usar calçados adequados também é importante. Idealmente, deve usar sapatos com um salto de baixo a moderado que dá apoio e amortece os arcos e os calcanhares. Evite usar sapatos totalmente sem saltos.

 fonte: http://www.nhs.uk/